segunda-feira, 19 de abril de 2010

My toughts

darling13_th
Falar de relações amorosas é tão banal e previsível como o noticiário abrir com o assunto do tráfego aéreo, nos dias correntes. Que seja. É sempre bom - e eu adoro - deitar um olhar mais demorado ao tema. No momento presente faz-me espécie o facto de se achar que já ninguém é suficientemente bom para ninguém. No início é tudo muito bonito, um mar de rosas e serenatas à janela. Depois parece que o pessoal se esquece. Começa a olhar para o lado, a ver que este e aquele têm um je ne sais quoi que o nosso não tem. Nunca estamos satisfeitos com o que temos, nunca damos valor ao que temos. Queremos sempre mais. Mais bonito, mais rico, mais atraente, mais simpático, mais inteligente. E o amor não é isto. No amor deveríamos amar só porque sim. Amar as qualidades e principalmente os defeitos. Amar o pacote e o conteúdo por completo. Amar sem exigir mais e melhor. Olhar, elogiar e apreciar os nossos semelhantes, sim, mas com a certeza de que o faríamos ao lado do nosso mais-que-tudo. Caso contrário, estar numa relação já não valerá a pena. E não o vale, porque a médio-prazo haverá traição, arrependimento, mágoa e sofrimento. É humano querer mais. Desumano é querer mais e não ser leal connosco e com os outros.

3 comentários:

LM disse...

Sem tirar nem por :) ama-se apesar de e não porque...

lardopensamento disse...

não se ama porque sim. Ama-se, na maior parte das vezes, porque dá jeito: o outro está mesmo ali ao lado, porque não?

Poetic Girl disse...

Este texto resume mais ou menos o que eu penso! bjs

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