terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Todos diferentes, todos iguais

© Jamie Nelson
© Jamie Nelson

Como uma grande percentagem da população mundial, gosto de observar pessoas desconhecidas. Não do género de estar sentada numa esplanada a ver os trapos e sapatos de quem passa, mas quando ando de transportes públicos, por exemplo, e ouço as conversas ou simplesmente imagino traços de personalidade e vidas por detrás da capa no casal da mesa ao lado. Curiosamente, no outro dia li algures num blog, uma pessoa a relatar que, por vezes, dá com ela a imaginar toda a gente que tem cabelo comprido, com cabelo curto. Uma coisa ridícula, bem sei, mas eu sempre adorei fazer isso e aquilo ficou-me gravado por achar que era uma coisa que só eu fazia. Mais uma vez, a prova de que até em coisas tão estúpidas como imaginar uma pessoa com cabelo curto, a humanidade é tão semelhante. Todos nós fazemos coisas sem lógica para dar azo à nossa imaginação ou porque simplesmente nos diverte. A verdade é que somos todos muito mais parecidos do que queremos crer. E por isso, muitas vezes, arrisco-me a analisar determinado comportamento de alguém em conversa, com a minha psicologia barata. Não é muito difícil entrar na mente do vizinho, basta ir buscar as nossas próprias vivências e adaptá-las. Um dia destes, ainda vou descobrir a receita para viver a vida em pleno, porque esta coisa de perceber a mente humana fascina-me. É que os ingredientes estão todos cá dentro e dentro de toda a gente, muitas vezes só nos falta saber misturá-los.

1 comentário:

Eli disse...

Eu também adoro esse jogo. :)

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