© Kalle Gustafsson
...no seguimento deste texto que a minha amiga L. escreveu. É um tema bonito. Até porque quantos de nós já não tiveram um amor de Verão na sua vida? Em tempos passados, por volta dos meus catorze anos também tive o meu. Lembro-me de ter lido no horóscopo daquelas revistas parvas que se compram na adolescência, que iria encontrar um amor de Verão e que dependeria de mim continuar, ou não, o mesmo no pós-Verão. Coincidência ou sorte, a verdade é que o dito apareceu e só não continuou, porque eu não quis. Num impulso juvenil ainda tive vontade de sair do carro na hora do adeus às férias e ir ter com ele para um desfecho cinematográfico, mas depois aquilo passou tranquilamente e deixei-me estar quietinha. Que foi o que fiz melhor, diga-se. Pouparam-se muitas vergonhas.
Os amores de Verão, no verdadeiro sentido da expressão, mais não são do que paixões platónicas, pele a ferver e ambiente propício. É óbvio que não existe uma estação específica para encontrarmos o-amor-da-nossa-vida. Óbvio também é, o facto de muitas destas paixões avassaladores esfriarem com a chegada dos tempos mais frescos e tornarem-se em algo mais sereno e profundo. Mas que ninguém pense que todas as histórias de Verão podem terminar como o The Notebook (estes filmes-de-amor são, realmente, os grandes culpados das (des)ilusões no amor). Um amor de Verão, para o ser, nasce, cresce e morre no Verão. E é maravilhoso termos essas recordações da leveza de uma época em que fomos felizes e acreditámos que tudo era possível.
1 comentário:
Também tive amores de verão... saudades desses tempos! bjs
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