Voz poderosa como nenhuma outra. Porque é uma voz que chama para lutar por todos, pelo destino de todos, sem excepção. Voz poderosa como nenhuma outra. Voz que atravessa a cidade e vem de todos os lados. Voz que traz com ela uma festa, que faz o inverno acabar lá fora e ser a primavera. A primavera da luta. Voz que chama Pedro Bala, que o leva para a luta. Voz que vem de todos os peitos esfomeados da cidade, de todos os peitos explorados da cidade. Voz que traz o bem maior do mundo, bem que é igual ao sol, mesmo maior que o sol: a liberdade.
Jorge Amado in Capitães da Areia
Um pouco por trauma nunca mais quis ler nada de Jorge Amado, desde que na infância li O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Odiei o livro. Felizmente, ultrapassei o preconceito e acabei ontem um dos livros mais bonitos que já tive a oportunidade de ler.
1 comentário:
Tenho o mesmo trauma. Ainda não o superei!
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