
Liu Wen by Tiziano Magni
Há uma crença generalizada desde os primórdios da blogosfera, que tem por base a ideia de que só escrevemos com regularidade e/ou qualidade quando estamos em fases menos positivas. Eu sou a personificação disso mesmo. Surpresas das surpresas, quando criei este blog, ainda na casa dos papagaios e leões, era uma adolescente deprimida e um tanto deprimente. Volta e meia divagava sobre amores e desamores, dúvidas existenciais e as problemáticas do dia-a-dia. Hoje em dia não me apetece. E é uma pena. A verdade é que a vida me vai correndo bem e por vezes teria mais coisas para escrever e não o faço por pura preguiça ou porque acho que não vale a pena. Vale a pena sim, nem que seja para mais tarde reler e recordar. No fundo, o que nos acontece na blogosfera, acontece também na vida. Geralmente recorremos mais ao outro quando estamos no fundo do poço. Eu nunca fui muito disso, nem na alegria, nem na tristeza. Sempre ouvi e calei, porque não gosto que me passem a mão na cabeça se falar dos meus males, nem tão-pouco de bajulação, quando tenho sucesso em determinadas situações da vida. Não considero isto uma virtude na totalidade, pelo contrário. Se por um lado não aguento pessoas que desesperam por atenção, também não me parece o melhor caminho guardarmos tudo para nós. Isto para dizer que, tendo estes traços de personalidade, não seria má ideia aproveitar este blog para exorcizar alguns fantasmas. E mesmo lamechas e boring, escrever mais vezes sobre o que ele fez e disse para me deixar com um sorriso na cara, sobre as nossas palhaçadas e parvoíces... Enfim! Acima de tudo, era isso: escrever mais sobre amores e desamores, dúvidas existenciais e as problemáticas do dia-a-dia.
1 comentário:
Eu escrevo no blogue de tudo: de amores, de desamores, de felicidade, de tristeza... das coisas que mais gosto de o ter é poder relê-lo. Quanto ao que dizes sobre as pessoas, eu tenho tendência a afastar-me quando estou triste e de me aproximar quando as pessoas precisam de mim.
Beijo
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