domingo, 20 de junho de 2010

J.S.

Quando vi a notícia de última hora a anunciar que Saramago tinha morrido, estava sentada à mesa a almoçar. As únicas palavras que me saíram repetidamente foram Não acredito! E agora?. Cheguei aqui ao blog e só me saiu um Obrigada e até sempre.  Não queria acreditar, porque, como sabem, ou pelos menos os que me seguem há muito tempo, José Saramago é o meu escritor favorito. Ironia das ironias, José Saramago também é humano. Como tal, a hora dele chegou. Da pequenez dos meus quase vinte anos, não assisti à sua vida pública, aos seus pecados políticos ou às suas quezílias com a Igreja Católica. Por isso, para mim, nada disso interessa. Até porque os génios, regra geral, não costumam ser de trato amistoso. O que realmente me interessa, é o escritor e os seus livros. Nunca poderei, na sua totalidade, dizer a influência que eles, que as palavras dele, têm em mim. Resumindo e concluindo: entristece-me saber que o nosso PR não vai ao funeral do Nobel, porque está em mini-férias, e que não presta a devida homenagem a um homem que foi tanto para a Cultura deste país. Por minha parte, cidadã comum, a melhor homenagem será continuar a aprender com ele. Felizmente, ainda me faltam muitos livros.

Sem comentários:

Enviar um comentário